quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Coração de Santos-Dumont


Após a morte de Santos-Dumont, em 23 de julho 1932, aos 59 anos, em plena Revolução Constitucionalista, decidiu-se que seu corpo seria embalsamado para que mais tarde, com os ânimos menos acirrados, pudesse ser transferido de São Paulo para o Rio de Janeiro e, com o país lhe prestando as devidas homenagens, Santos-Dumont pudesse ser sepultado no mausoléu da família, que ele mesmo ajudara a construir poucos anos antes, no cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo. O médico responsável pelo embalsamamento, Dr. Walther Haberfeld, resolveu remover o coração do inventor. Guardou-o por vários anos. Em novembro de 1944, por intermediação de Paulo Gomide, na época gerente da Panair do Brasil (subsidiaria brasileira da Companhia Aérea Pan American Airways), o coração conservado, foi doado ao governo brasileiro, dentro de uma esfera dourada de aproximadamente 10 polegadas protegida pela figura alada de Ícaro. O escrínio, criação do designer Erico Monterosa, contendo o coração de Santos-Dumont, preservado em líquido especial, há mais de 60 anos, encontra-se guardado no Museu da Aeroespacial no Rio de Janeiro. A Time Magazine, edição de 20 de novembro de 1944, no artigo The Heart of Santos-Dumont, informava sobre a doação. O escrínio pode ser visto no MUSAL (Museu Aeroespacial) que fica na Av. Marechal Fontenelle, 2000, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, RJ. Tels. para contato: (21) 2108-8954 - (21) 2108-8955. (Foto: Biju Sotello)

Um comentário:

  1. Tomei conhecimento do museu e da conservação de seu coração lendo o livro "Asas da Loucura", obra artesanal de Paul Hoffman, o qual pesquisou a respeito de Santos Dumont por três anos visitando bibliotecas, jornais, museus pela Europa, Estados Unidos e aqui no Brasil; o autor também foi privilegiado com algumas cartas do próprio Sr. Santos, guardadas por parentes, além da contribuição de muitas outras pessoas. Todo este material transformou este livro em um relato extraordinário da sua história, floreado com ricos detalhes da época nos faz viajar no tempo e nas alturas...

    Fica como sugestão para quem quiser conhecer mais esta personalidade excêntrica e altruísta.

    E com certeza, um dia que eu visitar o Rio de Janeiro, vou programar uma visita ao Campo dos Afonsos.

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